Powered By Blogger

10/29/2012




Valeu, Zenaldo!


Valeu a apreensão;

 
Valeu a torcida;
 
Valeu a expectativa;
 
Valeu o trabalho – por detrás as bombas...devido ao
patrulhamento do prefeito que mantinha todos com uma
sensação de medo – tentando conseguir mais votos para
você;

Valeu os 18 votos da minha família;

Valeu o banner e as suas bandeiras amarelas penduradas
aqui no alpendre de casa;

Valeu o trabalho de boca-de urna voluntário às
proximidades da minha secção eleitoral;

Valeu o trabalho – ilegal, eu sei – da  Telma, na 1ª.
Secretaria da 411ª eleitoral da 30ª Zona, que funcionou na
Escola Madre Celestre (Rua Manoel Barata, 2ª Rua, com a
Travessa São Rocque) cabalando votos para você e aturando
enxaquecas, estupidez e provocações da turma do PSO/PT.
Acredito que esse esforço da minha fofa – correndo risco de
ser detida – será recompensado;

Valeu a minha atitude de colocar desde o inicio da
campanha, o seu Banner (PREFEITO DA UNIÃO POR UMA
NOVA BELÉM - o mesmo aí dc cima) como papel de
parede  aqui no meu computador – o que identificava, para
quem vinha aqui em casa, saber a  minha posição;
Valeu, enfim, todo esse trabalho em prol da sua eleição, Zenaldo.

Que Deus e Nossa Senhora das Graças, Padroeira de Icoaraci,

a minha Vila Sorriso Círio - o de nº 60 – cujo Círio será

realizado no 4º domingo de novembro, dia 28 – venha

acompanhar ou assistir... eu fiz essa promessa por você

– para que ELA faça com que você possa realizar uma grande

gestão e alizar todos os seus projetos para Belém continue

sendo a metrópole, digo, a ecópole, da Amazônia.

Acredito que você se lembrará de mim e da minha Telma.

Terei muita honra em trabalhar com você.

Ah, como sou da casa, há 27 anos, dou-lhe as boas-vindas a
Prefeitura Municipal de Belém.

Neste dia consagrado ao funcionário publico, quero dizer: Muito Obrigado por permitir que pudesse ajudar a colocar – com quase 57 por cento, 56,617%, ou seja, 438.435 votos válidos - um homem sério, honesto, comprometido com o seu povo como você no Governo da Cidade de Belém...!

Portanto são válidas, todas as comemorações, todas as festas, toda a alegria que contagia a todos nós, habitantes de Belém – e Icoaraci - desde as 18h06h de ontem, domingo.

• • • • •

ZENALDO, MEU PREFEITO, MEU CHEFE,

QUE DEUS O ABENÇOE.



Sinceramente,



Aldemyr Feio

 

RAY CUNHA




Macapá já está perdida. Resta Belém do Pará



 

BRASÍLIA, 27 de outubro de 2012 – Os moradores da mais importante cidade da Amazônia, Belém do Pará, escolherão, neste domingo, 28, seu prefeito, entre o tucano Zenaldo Coutinho e o marxista (seja lá o que isso queira dizer) Edmilson Rodrigues. Belém é minha segunda cidade natal. Minha verdadeira cidade natal, Macapá, já está perdida, pois os candidatos a prefeito são Roberto Góes (PDT) e Clécio Luís (Psol).
Macapá é puro realismo fantástico. Debruça-se à boca do maior rio do mundo, o Amazonas, na confluência da Linha Imaginária do Equador. Não conta com esgoto e sofre com falta de água e energia elétrica. Suas ruas são esburacadas e vem sendo saqueada, assim como o estado do Amapá, este, anexado ao Maranhão, desde sempre.
Este caboco, Roberto Góes, 46 anos, natural do município de Porto Grande, é candidato à reeleição e é presidente da Federação Amapaense de Futebol. É primo de Waldez Góes (PDT), ex governador do Amapá (2003-2010), natural de Gurupá (PA). Em 10 de setembro de 2010, Waldez Góes foi preso pela Polícia Federal na Operação Mãos Limpas, acusado de meter a mão em dinheiro da Educação do estado e da União – a quadrilha desviara cerca de R$ 300 milhões. Curtiu cana até 20 de setembro daquele ano, quando recebeu um mandado de condução coercitiva na operação Mãos Limpas, resultado de investigações de desvio de verbas públicas no valor de R$ 1 bilhão no Governo do Amapá durante a sua gestão, com extensão na prefeitura de Macapá.
Em 18 de dezembro de 2010, Roberto Góes, o atual prefeito, foi preso pela Polícia Federal, acusado de sabotar a PF. Uma semana antes, os federais apreenderam R$ 35 mil na Secretaria Municipal de Finanças de Macapá, dinheiro supostamente oriundo de licitações fraudulentas. Escutas da PF captaram um diálogo em que Roberto Góes pede à irmã, Queila Simone Rodrigues da Silva, procuradora-geral do município, medidas que obstruíssem as investigações. Roberto Góes ficou preso por quase 60 dias na penitenciária da Papuda, em Brasília, solto em 11 de fevereiro de 2011.
Ele responde ainda à ação penal no Tribunal de Justiça do Amapá por porte ilegal de arma de fogo e agora não pode frequentar locais públicos, como bares, restaurantes e similares. Também não pode deixar o Amapá por período superior a 30 dias sem autorização judicial, além de ter que comparecer em juízo de 5 em 5 meses.
Em agosto de 2012, foi suspenso procedimento licitatório instaurado pela Secretaria Municipal de Saúde visando contratar a empresa Criativa Construções Ltda., ligada a um parente de Roberto Góes. Segundo o Ministério Público, a contratação teria como finalidade desviar receita para alimentar caixa 2 da campanha de reeleição do prefeito.
Em setembro de 2012, o jornalista João Bosco Rabello, do Estadão, publicou no seu blog um post intitulado: “Um Prefeito sob controle judicial". Roberto Góes ingressou com ação e a Justiça Eleitoral do Amapá (Zé Sarney e a Justiça Eleitoral do Amapá já censuraram meio mundo) determinou a retirada da matéria do ar. Após protestos de diversas associações de jornalistas, o juiz eleitoral voltou atrás e revogou a determinação.
Roberto Góes responde ainda a inquérito no Ministério Público do Amapá pela retenção, por parte da Prefeitura de Macapá, de R$ 4,7 milhões descontados em folha dos servidores públicos que fizeram empréstimos consignados, e que deveriam ter sido repassados ao Banco Itaú.
Quanto ao candidato Clécio Luís, o que conspira contra ele é o Partido Socialismo e Liberdade (Psol), agremiação marxista, fundada em 2004, fruto de dissidência do Partido dos Trabalhadores (PT), que acaba de ter sua elite identificada como quadrilha, e um de seus ideólogos, Zé Dirceu, como chefe da gang.
Uma coisa puxa outra. O jornalista e intelectual Reinaldo Azevedo, que escreve na Veja.com, faz uma análise procedente sobre Lula, o criador do PT. Ele acha que todo esse frenesi de Lula nas eleições municipais é devido ao medo de virar réu nos outros processos do Mensalão. Reinaldo Azevedo: “Não desta parcela que está no Supremo, mas daquele que corre na primeira instância. Lula está fazendo essa gritaria país afora para ver se intimida os representantes do Ministério Público. Tenta repetir a tática de 2005, quando correu para os“braços do povo” — e a oposição, infelizmente, caiu no truque. O procurador da República Manuel Pastana, que atua no Rio Grande do Sul, já encaminhou uma representação à Procuradoria Geral da República em que pede que o ex-presidente seja responsabilizado criminalmente pelo Mensalão. Mais do que qualquer outro réu do Mensalão, Lula tem as digitais nesse imbróglio num caso em particular: aquele que diz respeito ao banco BMG — uma das instituições financeiras que fizeram os falsos empréstimos a Valério e ao PT (já comprovados pelo Supremo)”.
Ainda Reinaldo Azevedo:“Lula está com medo. Não faz tempo, ele dizia por aí que o Mensalão só seria julgado em 2050. Agora que a cadeia espreita alguns de seus aliados, teme entrar na fila. Até porque, como se vê acima, se Dirceu não assinava os crimes pelos quais foi condenado, é certo que Lula deixou assinaturas que beneficiaram o BMG, que foi, é inequívoco, um dos bancos do Mensalão. Uma das razões para Lula sair por aí deitando a sua glossolalia política é blindar-se, tentando intimidar o Ministério Público e a Justiça. Ele quer que as massas gritem: “Se tocarem em Lula, haverá rebelião”. Não haverá”.
Voltemos ao Psol. Trata-se de uma turma leninista, trotskista, marxista libertária e eurocomunista, pronta para usar a massa ovina e chegar ao poder, instalando partido único, ou seja, ditadura.
Agora, Belém. Edmilson Rodrigues e Zenaldo Coutinho são candidatos a prefeito d a Cidade das Mangueiras, a Cidade Morena, o Portal da Hileia, a Capital da Amazônia.
Edmilson Rodrigues, 55 anos, belenense, foi eleito e reeleito prefeito de Belém, de 1997 a 2005, e foi pré-candidato à presidência da República pelo PT, em 2002. É arquiteto, mestre em urbanismo e doutor em geografia pela USP. No primeiro governo municipal de Edmilson Rodrigues, sua vice foi a ex governadora do Pará (2007-2010), a dançarina de carimbó Ana Júlia Carepa. Edmilson Rodrigues, que em 2005 ingressou no Psol, foi sucedido na prefeitura por Duciomar Costa (PTB), o Dudu, 57 anos, natural de Tracuateua (PA). Somando Edmilson Rodrigues e Dudu, o atual prefeito (2005-2012), são uma década e meia ladeira abaixo. Belém está numa ratoeira.
Zenaldo Coutinho, 51 anos, bacharel em Direito pela Universidade Federal do Pará (UFPA), foi eleito vereador por Belém, em 1985, aos 21 anos, o mais jovem do Brasil, à época. Desde então, também como deputado estadual e federal, dedica sua vida a três temas: Belém, o Pará e a Amazônia. Em 2011, comandou o “não” à divisão do estado do Pará, contra a criação dos estados de Carajás e do Tapajós.
Na manhã de 14 de fevereiro de 2012, uma terça-feira, Zenaldo Coutinho me recebeu no seu gabinete no Anexo IV da Câmara dos Deputados para a seguinte entrevista:

BRASÍLIA, 26 de fevereiro de 2012 – Belém precisa voltar a ser a capital da Amazônia – Fundada em 12 de janeiro de 1616, Belém, a capital do estado do Pará, é a mais importante cidade da Amazônia. Um mergulho na história e na cultura da Amazônia Clássica, a análise da geografia do Trópico Úmido, e um estudo geopolítico do Mundo das Águas (os rios Amazonas, Tocantins, Pará e Guamá, e o Atlântico, abrindo-se como a bocarra de um jacaré-açu sobre o arquipélago de Marajó), confirmará minha tese. Distante 2.146 quilômetros de Brasília, a Cidade das Mangueiras está, na verdade, ainda mais distante da Ilha da Fantasia. Caso fosse um país, o Pará seria um potencialmente rico, pois não teria que pagar ICMS para São Paulo e receberia integralmente royalties sobre sua inacreditável província mineral, o onírico El Dorado dos colonos espanhóis.
Belém, à noite, lembra um óvni pairando sobre a baía de Guajará. O município, com 1.064,918 quilômetros quadrados, é integrado ainda por 38 ilhas habitadas. Por conseguinte, Belém é uma cidade insular. Com cerca de 1.392.031 habitantes (IBGE/2010) no município, a região metropolitana de Belém tem em torno de 2.100.319 habitantes. Os dois últimos prefeitos dessa cidade deliciosa (sim, deliciosa) como tacacá foram desastrosos. O então petista e hoje do Psol Edmilson Rodrigues, 55 anos, foi prefeito de 1997 a 2004. Só não foi mais incompetente do que a ex-governadora do Pará, a petista Ana Júlia Carepa, porque isso é impossível, mas foi substituído por um quase Ana Júlia Carepa: Duciomar Costa, 57 anos, do PTB, que esquenta (ou esfria) a poltrona de prefeito desde 2005. Hoje, a Metrópole da Amazônia é uma sombra do que realmente ela é. Por isso, a Cidade Morena precisa de um prefeito, talentoso, que a entenda.
Entre os vários pré-candidatos, um se destaca pelo seu preparo, não só sobre Belém, mas também sobre a chamada questão amazônica. Zenaldo Rodrigues Coutinho Júnior, 51 anos, jovem advogado no quarto mandato de deputado federal pelo PSDB, foi quem liderou o não à divisão do estado do Pará em três unidades, e agora coleta assinaturas para a formação da Frente Parlamentar em Defesa da Amazônia. A Amazônia, diga-se, continua sendo vista, criminosamente, como celeiro do mundo, e a massa da sua população, de 25 milhões de habitantes, é cada vez mais espoliada por uma elite que passa por cima da própria mãe para morder dinheiro.
A questão é: a energia elétrica gerada na Hileia e a produção mineral no Trópico Úmido precisa enriquecer também o amazônida, proibido até de abater jacaré, que dá no meio da canela, e come também canela. A grande imprensa vê uma Amazônia mitológica, por jornalistas descredenciados, em nível mundial, mas principalmente no Brasil, e, especialmente, em Brasília, a Ilha da Fantasia; e, pasmem, por desinteligência na própria Amazônia. Por isso é que a Amazônia precisa ser divulgada tal qual ela é, para que os amazônidas se livrem do pensamento de colonizado, a síndrome do vira-lata.

Zenaldo Coutinho me recebeu no seu gabinete no Anexo IV da Câmara dos Deputados, na manhã de 14 de fevereiro de 2012, uma terça-feira, para a seguinte entrevista:
O principal problema de Belém seria rede de esgoto e de galerias de águas pluviais defasadas?

O principal problema de Belém é ausência de autoridade. Nós temos um conjunto de problemas que decorrem da falta de ação; muitas vezes, da absoluta inoperância da administração municipal, o que resulta em situações dramáticas. Belém é uma das capitais com menor índice de esgotamento sanitário do país, temos trânsito caótico, serviço de saúde ineficaz, insignificante, sistema educacional irrisório. Precisamos modernizar, aparelhar, equipar e ampliar a rede municipal de ensino fundamental, da mesma forma que temos que ampliar os serviços de saúde. As pessoas estão padecendo muito em Belém. Além da ausência de autoridade, há ainda falta de carinho para com a população. Belém precisa ser vista como extensão das casas de todos. Belém já foi a metrópole da Amazônia, e tem que voltar a sê-lo.
O senhor pensa Belém como um arquipélago?

Belém é a única capital-arquipélago do país, mas, nela, o transporte público fluvial é subutilizado. Implementar o transporte público fluvial já foi tentado, mas não logrou êxito. Creio que por não ser um serviço de excelência, com garantia de segurança e rapidez, como, por exemplo, a Rio-Niterói, com barcaças, catamarãs etc. É necessário que tenhamos um olhar sobre Belém de modo a não vê-la apenas como continente, mas uma cidade que tem 38 ilhas povoadas e onde há pessoas, portanto com necessidade de transporte. Obviamente esse não é o grande nó do trânsito belenense, mas, resolvido, ajudará a desafogar o trânsito. Icoaraci, por exemplo, pode abrigar um porto rodo-fluvial.
Belém é historicamente a cidade mais importante da Amazônia, mas seu patrimônio arquitetônico está se deteriorando.

Isso é gravíssimo, e se soma ao desleixo, falta de carinho, de atenção da autoridade para com tudo aquilo que é de todos. Repito: a cidade tem que ser vista como nossa casa. Jogamos lixo no chão da nossa casa? A cidade precisa do sentimento coletivo de respeito, de carinho.
Belém é a Cidade das Mangueiras; seu subúrbio o é também?

Antônio Lemos (prefeito de Belém, no fim do século XIX e início do século XX) foi o responsável pela plantação das mangueiras, que é uma árvore exótica na Amazônia, originária da Índia. Particularmente, defendo os corredores de mangueiras, mas também uma variação da nossa arborização, as essências amazônicas, estendidas também para os bairros periféricos de Belém, que precisa, como um todo, de mais arborização e jardinagem.
E as portas para o rio?

O turismo em Belém é incipiente. Precisamos de uma ação muito forte voltada para o turismo. Temos muito mais opções do que Manaus. Em Belém, além da floresta e da história, temos praias de rio e de mar, e Marajó, pertinho. Temos que estar antenados com a questão turística.
Que nota o senhor dá para os 7 anos da atual administração municipal?

Eu prefiro aguardar a nota que a população vai dar em outubro.

Caso o senhor seja efetivado como candidato e se eleja prefeito, qual será sua linha de atuação?
Já estou trabalhando em um projeto, ousado, moderno, corajoso, por uma Belém que faça justiça à comemoração dos seus 400 anos, o que ocorrerá na próxima administração.

Falta financiamento para a reforma estrutural de Belém?

Financiamento se consegue; o que falta é estabelecer prioridades. Agora mesmo há um embate, desnecessário, da prefeitura com o governo do estado, que, há 20 anos, desenvolve um projeto, com os japoneses, com visão metropolitana, porque ele leva o ônibus expresso de Marituba até o centro de Belém, com investimento de US$ 320 milhões, já garantidos, assegurados, assinados, e a prefeitura tem um outro projeto, de Icoaraci até São Brás. Pretende-se que a prefeitura chegue até só o Entroncamento, para que não haja sobreposição de projetos, até porque os japoneses só financiam se houver apenas um executor da obra. Essas ações de integração são fundamentais, daí porque é importante a harmonia entre a prefeitura e o governo do estado, pois o administrador público não deve ficar isolado, o que inclui um diálogo eficiente com todos os mecanismos de financiamento.
O senhor liderou a campanha pela não divisão do Pará. Por quê?

Em defesa do nosso estado, da população. Durante muito anos, aqui no Congresso, briguei para que houvesse estudos que antecedessem a consulta popular, sobre os impactos sociais, econômicos, tributários, ambientais, que analisassem as consequências na vida das pessoas em cada região a respeito de uma possível divisão. Infelizmente, foi um discursos para surdos. No caso de Belém, todos os estudos preliminares que havia, incluindo o da Universidade Federal do Pará, apontavam para o empobrecimento das três regiões. Teríamos implemento de despesas sem implemento de receitas. Teríamos que dividir o pouco que o estado do Pará já recebe, e teríamos o ônus de ter três assembleias legislativas, três palácios de governo, ou seja, teríamos uma elite usufruindo das estruturas de poder e uma população empobrecida e sem políticas públicas. Isso ensejou a nossa participação ativa, aqui no Congresso, e, posteriormente, na campanha pelo não no plebiscito. Graças a Deus, dois terços da população disse não à divisão do Pará.
Que avaliação o senhor faz do governo Dilma Rousseff?
A presidente Dilma tem acertado em adotar uma série de modelos que nós, do PSDB, legamos, como a questão da privatização. Os petistas transformaram em demônio a questão das privatizações, mas agora o próprio governo federal, através da presidente Dilma, reconhece que se trata de um modelo que dá mais eficácia na gestão dos serviços públicos, se o modelo for aplicado de maneira adequada, como o foi na telefonia, quando nós o aplicamos. Eu me lembro que antes que o PSDB privatizasse a telefonia, telefone era tão caro que era declarado no Imposto de Renda. Hoje em dia, todos os brasileiros que quiserem têm acesso a telefone, graças à privatização. Também o Brasil se mantém equilibrado, mesmo com a crise internacional, graças aos fundamentos da macroeconomia brasileira deixados pelo governo do PSDB, como é o caso da Responsabilidade Fiscal, que foi um item extremamente criticado pelo PT, na época em que nós o adotamos, e hoje é modelo até na Europa, no combate à crise europeia. Ainda, o governo petista mantém o Plano Real, o maior instrumento de justiça social estabelecido no país. Mas, apesar de pouco mais de um ano de governo, sete ministros caíram flagrados em corrupção, o que é muito grave. E precisamos agilizar as obras nacionais, que estão muito vagarosas, especialmente as do chamado PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que estão empacadas. Temos que agilizar isso. Nós, da oposição, estamos fiscalizando para que as coisas efetivamente aconteçam.
Se o PT lê a cartilha do PSDB, por que os tucanos não conseguem voltar para ao Palácio do Planalto?
Porque existe transição democrática. Nós passamos oito anos no poder e o PT está caminhando para os doze anos, mas em muitos estados, de norte a sul, o PSDB está no poder. A democracia é, portanto, um processo natural, legítimo. Mas os partidos têm que viver, sempre, na busca da realização dos seus projetos, buscando eficiência, eficácia para melhorar a qualidade de vida da população, o que quer dizer que o projeto de poder não é um projeto de poder pelo poder, e também não quer dizer que se o partido não está naquele momento no poder ele está liquidado. Nós podemos exercer o poder no governo e na oposição. Aquele que está no governo exerce o poder do fazer e o que está na oposição exerce o poder político da pressão, do monitoramento, da fiscalização, da cobrança, para que os projetos públicos aconteçam. Nenhuma dessas duas posições é inadequada. A democracia só persiste porque existem essas posições diferentes. O importante é que o PSDB tem lutado a favor do Brasil, e continuaremos a nossa caminhada. Temos já o nosso pré-candidato a presidente da República, Aécio Neves, que foi grande governador de Minas Gerais e é senador respeitado. Estamos construindo um diálogo com a população para voltar à presidência da República.

 



RAY CUNHA – Escritor e Jornalista baseado em Brasília-DF, Brasil

10/20/2012

LUIZ SOLANO – o Repórter do Planalto

Senador João Costa se manifesta favorável a exclusão do Tocantins do Horário de Verão


O Senador João Costa (PPL) – na foto com a esposa Rosilene Ribeiro e o colunista - formalizou nessa quinta-feira/18, solicitação ao Ministro de Estado de Minas e Energia, Edison Lobão, em apoio a iniciativa do Governo do Tocantins para que o Estado seja excluído do horário de verão, sendo necessária, a revisão do Decreto nº7. 826, de 15 de outubro de 2012.

A solicitação se faz com o objetivo de atender grande parte da população do Estado do Tocantins que não concordam com a inclusão do Tocantins no Horário de Verão, em virtude das alterações provocadas no cotidiano e por entenderem que não representará redução da conta de luz para o consumidor.
O Horário de Verão abrange os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país, além do Tocantins, único da região Norte. O Horário de Verão começará nestas regiões no próximo dia 21 e vai até 17 de fevereiro de 2013. Já as regiões Norte e Nordeste ficam de foram pelo fato da economia de energia ser insignificante e por questões geográficas que não justificam a inclusão no Horário de Verão, conforme especialistas.

JUSTIÇA OU LINCHAMENTO?

Os ministros do Supremo Tribunal Federal não podem aceitar que os condenados do mensalão fiquem por ai atacando a decisão da Suprema Corte. Eles apostavam na impunidade. Agora que a coisa ficou preta, andam pra lá e pra cá, alegando "linchamento", sentimento de "revolta" e classificando a punição de hipocrisia.
Isso é falta de vergonha na cara.
Deviam, sim, ser condenados. Praticaram crimes, usaram e abusaram do poder, fazendo a população brasileira de trouxa. Se achavam e, por incrível que pareça, ainda se acham, donos do país e que são as melhores cabeças pensantes do mundo.
Que biografias eles estão pedindo que respeitemos ? Será que eu li biografia de pessoas homônimas desses gazeteiros? As que li até agora, só servem como agravantes.
Não vi feitos memoráveis.

SEMANA REDUZIDA

Após refletir sobre a decisão dos deputados de comparecerem ao plenário de terça a quinta-feira, pude compreender que a decisão é acertada, visto que, nada fazem permanecendo a semana inteira em Brasília.
Esse tempo livre os permitirá acompanhar os municípios que os elegeram e assim solucionar problemas crônicos.
Ainda melhor será o uso das novas tecnologias para criar um Congresso virtual, onde não será necessária a presença dos deputados em Brasília, economizando milhões em auxílio moradia, auxílio paletó, passagens aéreas e outras despesas.

JOSÉ DIRCEU

O ex-deputado José Dirceu, achando-se injustiçado, percorrerá o Brasil, bradando ao povo brasileiro o quanto foi guerrilheiro, guerreiro, lutador por nossa terra.
Se esse senhor passar na porta da minha casa, vou fazer o meu protesto e dizer que a justiça brasileira está certa em condena-lo.
Os petistas não tem valores morais nenhum e acha que o nosso povo poderá vir a tumultuar o julgamento do Mensalão.
Na verdade José Dirceu, como tantos outros petistas, acharam por bem, após o Lula no poder, tirar tudo o que pudessem dos cofres públicos, para descontar os dias que ficaram presos pelos crimes de sequestros e roubos na época da repressão militar.
Quero vê-los na cadeia.
Lá sim, eles podem fazer passeatas e pregar aos criminosos, seus futuros colegas, porque aí, serão todos da mesma laia.

A CRIMINALIDADE AUMENTANDO

O aumento da criminalidade é culpa desses incompetentes que não abrem concursos para contratar novos policiais. O número de agentes não acompanha o crescimento populacional da cidade.
Outra situação é a falta de condições dignas de trabalho para os policiais; aqueles que não se aposentam estão preferindo mudar de profissão.
Os que resistem trabalham muito e correm o risco de serem vítimas da perseguição dos bandidos.

RACISMO OFICIAL

Mais uma.
A presidente Dilma vai criar cota para negro no serviço público. E também na atividade privada.
De que forma? Criando incentivos fiscais desde que sejam atingidas as metas de preenchimento de vagas por negros. Incentivos Fiscais; recompensa por cumprir uma política racial.
Quando é que o governo vai efetivamente proporcionar à sociedade brasileira que inclui o negro o que todos merecem uma boa e estimulante educação?
Uma coisa de que se fala pouco é ampliação, é a melhoria do ensino para a formação técnica e cultural dos brasileiros, sobretudo dos menos afortunados.
Parece que este governo prima por institucionalizar a discriminação racial...enfim a discórdia.

TEM QUE MUDAR

Estamos cansados da loucura humana. Andamos exaustos de tanto cinismo, maldade, perseguição aos homens de bem e impunidade aos desleais. Chegamos ao esgotamento do drama dos jovens que lúcidos ou drogados começam a roubar e matar, às vezes com requintes de crueldades, já aos 12 anos.
Acredito convictamente que se deve reduzir a idade na qual alguém pode ser legalmente responsável por seus atos.
Quando em outros países a idade mínima é de 14 anos,12 e até menos, aqui aos 16 anos podem mudar o país através do voto, mas se estrupam, matam, roubam, até 18,pegam uma leve e curta pena em uma instituição, que com raras exceções reeduca os passíveis de melhoria e deixam os psicopatas mais loucos.
Pouca é a vontade de mudar isso, que deveria começar com a educação em suas bases; mas o dinheiro e o esforço dedicados a isso têm sido irrisório dentro do orçamento país.
E aí nem leis nem tribunais supremos ou mínimos nos ajudarão, se fica remendo apenas na letra escrita ou submetidos a jogos de poder e simples interesse eleitoral.

FINALMENTE ACABOU!

Ainda bem que chegamos ao final de mais uma novela estilo besteirol da principal rede de televisão no Brasil. Tratando de maneira preconceituosa os catadores de lixo; e criando uma família que na prática seria impossível de existir com um cunhado amante e casado com a irmã do marido traído, retratado como um perfeito idiota, este folhetim televisivo deu náuseas às pessoas com um mínimo de bom senso, que tiveram o desprazer de assistir algum capítulo dessa pobre produção.
Já vai tarde, poderia ter sido encerrada há muito tempo.

CAOS AÉREO

O caos em Viracopos, um dos nossos principais aeroportos, pendurou por 48 horas, refletindo em toda nossa malha aeroviária. Fomos 0reprovados com aeroportos inadequados são apenas um dos nossos problemas.
Foi oportuno, e relembro que o Brasil foi escolhido, em 30 de outubro de 2007 para sediar a Copa do mundo em 2014; portanto não foi por falta de tempo.
O que realmente faltou foi gerenciamento das autoridades brasileiras, nesse caso o ex-presidente Lula, que apareceu para o mundo como conquistador dessa etapa do futebol mundial.
É uma pena e pode dar errado se os nossos estádios não estiverem prontos até o final de 2013,prazo dado pela FIFA.Vai ser uma vergonha para todos nós brasileiros.

MAIS CARROS

O governo e a indústria automobilistica têm incentivado a população a adquirir veículos, sobrecarregando as vias, aumentando a poluição e os acidentes.
Enquanto as vendas e arrecadação de impostos crescem vertiginosamente, não há contrapartida em educação no trânsito, transporte coletivo, melhoria e sinalização das vias, entre outras medidas urgentes para conter o caos.
Os governantes precisam atentar ao fato de que prejuízo com o trânsito só tendem a aumentar e irão superar a arrecadação.

CAIXA DE PANDORA

O julgamento do mensalão embora tenha demorado incríveis oito anos, serve para motivar a apuração de tanta corrupção em mal feitos pelo país afora.
Aqui em Brasília a apuração da Caixa de Pandora se arrasta.
O denunciante escolhe o alvo e não faz a denúncia completa.
O ex-governador Joaquim Roriz, foi injustiçado por parte da midia brasiliense sob o patrocínio do PT, que sempre o terá como adversário enquanto estiver vivo. Agora que todo assunto sobre corrupção deve ser apurado e não pode ser jogado para debaixo do tapete.

RAY CUNHA


Anoitece na Estação das Docas, docemente, como negra em vestido de seda De tão intenso, o azul sangra, como choram jasmineiros em noites tórridas!


Belém do Pará, nua


BRASÍLIA, 20 de outubro de 2012 – Quem chega de avião a Belém, à noite, à direita da aeronave, divisa, lentamente, a miríade de LEDs, bruxuleantes, sobre a península que avança para a escuridão, até que os contornos do rio Guamá vão ficando cada vez mais nítidos, à medida que se alarga na baía de Guajará, torres iluminadas se agigantam e os telhados das casas se aproximam. Subitamente, os gigantescos pneus do jato se chocam no chão de concreto e a nave desliza, veloz, começando a taxiar rumo ao terminal de passageiros. Ao pisarem no aeroporto de Val-de-Cães, os iniciados já começam a sentir, plenamente, a Cidade das Mangueiras. Pelo rio, de dia, ela surge como mulher emergindo, de repente, salpicando água, nuazinha.

Todas as cidades são semelhantes, inclusive Brasília, porém, conforme a iniciação de quem mergulha nelas, são portais para outras dimensões. Contudo, todas têm algo em comum: são mulheres, e como mulheres, não podem ser decifradas; precisam apenas de ser amadas, pois só para isso existem, como poemas escritos por Deus.
Da mesma forma que as mulheres, as cidades são redes de labirintos intermináveis, abismos de segredos, por onde navegamos, sempre perdidos, mas firmemente guiados pelo azul mais azul, tão intenso que sangra. As cidades, exatamente como as mulheres, são choro de jasmineiros em noites tórridas, quando se abrem, de corpo e alma, aos nossos sentidos. Mergulhamos nas ruas das cidades do mesmo jeito que cavalgamos a luz, nos abismos femininos.
Sentado no calçadão defronte ao Colégio Nossa Senhora de Nazaré, ao embalo estático das 6 horas da tarde, caminho ao lado de cada uma das mulheres que passam, espargindo Chanel número 5, sob seus vestidos estampados. Então descubro o segredo da Hileia, deslindo o mistério, e, assim, o amplio: toda a Amazônia está contida num ramo de jambu. E é assim, nesse estado, que me acomodo numa cadeira de palhinha na Estação das Docas. Ao longe, um navio segue para o norte. Sinto cheiro de maresia, Cerpinha, merengue, à passagem de uma negra caribenha em vestido de seda, sílfide equina.
Continental e insular, Belém é o encontro da Grande Floresta Tropical com o oceano Atlântico nas águas salobras de Mosqueiro; o encontro da Hileia com a cidade pós-moderna; do ribeirinho com o cosmopolita; a Cidade Morena.
Amanhece em Belém do Pará. À medida que o dia vai esquentando e seus habitantes se movimentam, os subterrâneos vão minando. A cidade despeja esgoto in natura no rio. Há bairros, em Belém, nos quais moradores vivem em cima da merda. Outros, quando chove grosso e durante horas, vão para o fundo. Seu trânsito é caótico, e a segurança, como no resto do país, beira a lei da selva. Turistas só vão lá porque viver não é preciso; conhecer Belém é preciso.
Já faz tanto tempo que essa fêmea amazônida, esse portal do realismo fantástico, vem sendo estuprada por ratos que mordem seus seios, de onde, em vez de leite da mulher amada mina sangue de crianças de rua apedrejadas! Belém precisa de um prefeito que a ame, que a faça rir, que a revele em todo seu esplendor, como mulher ao toucador, absorta, nua.

● ● ● ●


♦ RAY CUNHA – Escritor e Jornalista baseado em Brasília-DF, Brasil