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9/14/2009


O valor do riso dos que eu amo

Uma conhecida ganhou um bom dinheiro na loteria e deu R$ 100 mil para um sobrinho. Ele comprou um carro zero quilômetro e móveis novos para sua casa. Com o carro, matou alguém, o automóvel da vítima e o seu viraram sucata. Não deu nem para pagar os móveis. Os R$ 100 mil se transformaram em dívidas.
É comum a pessoas que chamam seu salário de merreca, praguejam contra ele e dizem que dá raiva quando recebem o contracheque não conseguirem pagar as contas. Tudo no Universo é vibração, então, é claro, que por mais que essas pessoas ganhem bem, não poderão pagar as contas, ao passo que aqueles que agradecem e reverenciam o que ganham, por pouco que seja, surpreendem-se porque o dinheiro dá para pagar tudo e ainda sobra.
Do ponto de vista materialista não dá para entender isso. Ocorre que a saberia divina é ilimitada e nos mostra caminhos que só se descortinam quando nos harmonizamos com a prosperidade.
Outro dia, ouvi um comentário, que, aliás, é recorrente no imaginário popular. Dizia-me alguém: conheço uma mendiga que já tem duas casas. Fiz-lhe ver que a mendiga gastou toda a sua vida mergulhada na escuridão do parasitismo e da mentira.
Dinheiro em si não vale coisa alguma. Qual o valor de US$ 1 milhão no lombo de um camelo morto em pleno deserto do Saara para um viajante morto de sede? Já para alguém faminto diante de um restaurante R$ 50 são uma fortuna.
Quando dinheiro me proporciona ouvir o riso dos que eu amo, ele se transforma em diamantes, rubis, rosas, caminhos matinais ensolarados e domingos.
Estética é uma costura no ânus

Estética é uma rosa que se abre, nua, ao sol. O céu, de tão azul, sangra. A Terra gira, vertiginosamente, ao som do Concerto Para Piano e Orquestra em Ré Menor, de Mozart.
Estética é uma rosa que se abre, nua, ao sol. O céu, de tão azul, sangra. A Terra gira, vertiginosamente, ao som do Concerto Para Piano e Orquestra em Ré Menor, de Mozart.
O pintor paraense Moraes Rego, que era proctologista, me contou, certa vez, que seu senso estético lhe foi revelado por um professor de proctologia. Durante uma aula, o professor ensinou aos alunos que até a costura para cerzir o corte de uma cirurgia de hemorroida deve ser impecável, bem feito.
Mulheres experientes avaliam os homens também pelos sapatos. Se não tiverem os solados desgastados e estiverem limpos, são homens prósperos, cavalheiros e mesmo cultos.
Se numa casa o banheiro e a cozinha estiverem limpinhos, é sinal de que aquela família é higiênica.
Há pessoas incapazes de combinar uma panela com sua tampa apropriada, ou uma xícara com seu pires. Outros não conseguem sequer arrumar os pratos no escorredor e guardam facas com a ponta para cima. Outros há que não conseguem atravessar a rua na faixa ou no semáforo, e ainda atravessam-na em diagonal.
Nada a comentar sobre as pessoas porcas, às vezes, mulheres lindas, que deixam um rastro de lixo ou um rastro de palavras sujas por onde passam. Palavras sujas são apropriadas, às vezes, na alcova.
Sobre os bandidos, os mafiosos de colarinho branco, são, simplesmente, bandidos, amorais, nasçam com a natureza do crime, são capazes de roubar merenda escolar.
A estética tem emprego prático no dia-a-dia, por uma razão simples: ela é, essencialmente, ordem, em oposição aos caos, que é morte.
Daí porque a desordem está intrinsecamente ligada à tragédia, à prisão, ao sofrimento dos familiares, à dor, ao ódio, à loucura, à ilusão da matéria.
Daí porque uma rosa nua é tão azul que chora.

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