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9/18/2008

Café Expresso



Um continente no mar da Lusofonia

O céu da Amazônia, de tão azul, sangra, e nas noites tórridas os jasmineiros choram perfume. Toda a Amazônia está contida numa cuia de tacacá, naquela hora em que o rio da tarde navega em nossa alma. A Amazônia toda cabe nos olhos da cabocla, no embalar duma rede, no desaguar do rio Amazonas, nas mangueiras de Belém, na mulher acreana, em Manaus, em Macapá. Numa ventrecha de dourada com açaí no Ver-O-Peso, numa garrafa enevoada de Cerpinha, no hotel.
A vida toda, tenha amado e me dedicado à Amazônia, contudo, nos últimos quatro anos, debrucei-me completamente sobre ela, inclusive nos meus sonhos. Escrevia, para o site ABC Politiko, a coluna Enfoque Amazônico, e para a Agência Amazônia, matérias, artigos e crônicas, com a missão de repercutir e ampliar as notícias sobre a Hiléia, de mostrar aos leitores o continente do meu coração.
O céu da Amazônia, de tão azul, sangra, e nas noites tórridas os jasmineiros choram perfume. Toda a Amazônia está contida numa cuia de tacacá, naquela hora em que o rio da tarde navega em nossa alma. A Amazônia toda cabe nos olhos da cabocla, no embalar duma rede, no desaguar do rio Amazonas, nas mangueiras de Belém, na mulher acreana, em Manaus, em Macapá. Numa ventrecha de dourada com açaí no Ver-O-Peso, numa garrafa enevoada de Cerpinha, no hotel.
Embora distante dois mil quilômetros de Belém do Pará, a Amazônia está na minha estante e num relicário, no meu coração, de modo que para onde quer que eu vá, ela estará comigo. Entretanto, como minha nova ocupação, de editor deste Conexão CPLP, exige trabalho e estudo contínuos, tive que desistir do ABC Politiko e da Agência Amazônia.
Um meu leitor, talvez o único, pediu satisfação da minha ausência. É isso, prezado leitor; agora, a Amazônia surgirá do meu teclado como um continente no mar da Lusofonia.
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Nota do Editor - O Café Expresso vai pintar todas as sextas-feiras aqui neste espaço na pena inconfundívell do meu irmão Ray Cunha. A.F

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