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1/18/2008

O Ver-o-Peso é uma das Sete Maravilhas Brasileiras

Foto: Antônio Silva
Belém, que completou 392 anos no último dia 12, ganhou mais um presente. O seu principal cartão postal, o Complexo Ver-o-Peso, acaba de ser selecionado pela Revista Caras . e pelo HSBC como uma das Sete Maravilhas Brasileiras. Mais de meio milhão de pessoas participaram da votação que durou três meses.
Anônimos e personalidades entraram na disputa que envolveu 30 espaços turísticos em todo o Brasil e terminou no último dia 31 de dezembro. Entre os eleitores de Belém estava a cantora e atriz paraense Fafá de Belém, que, em entrevista para a Revista Caras, declarou que "votaria até cinco vezes se preciso" por que o Ver-o-Peso sintetiza "a mistura da cultura européia com a tradição cabocla, bem no meio da Amazônia".
E por falar em Amazônia, são quatro os finalistas na Região Norte: o Ver-o-Peso, em Belém (Pará); a Fortaleza do São José, de Macapá (Amapá); o Conjunto Arquitetônico da Natividade, em Palmas (Tocantins); e o Teatro Amazonas, em Manaus (Amazonas). São Paulo elegeu a Catedral da Sé e o Rio Grande do Norte elegeu a Fortaleza dos Reis Magos, em Natal. Já em Minas Gerais o finalista foi o Centro Histórico de Ouro Preto. Cada pessoa que participou da votação concorreu a uma viagem com tudo pago por uma das Sete Maravilhas Brasileiras. O resultado com os sete contemplados acontece dia 1º de fevereiro.

Barraca de ervas e banhos,
característica do Ver-o-Peso

Segundo Wady Khayat, titular da Coordenadoria Municipal de Turismo (Belemtur), "o resultado é um presente para Belém e um reconhecimento pelo cuidado que a cidade tem com seu patrimônio histórico", diz. Ele explica que "a escolha é também um banho de auto-estima no paraense para que valorize cada vez mais suas riquezas, seus espaços turísticos". Ele adianta que o sortudo ou sortuda que vier conhecer o Ver-o-Peso chegará aqui em plena folia de carnaval e vai se encantar com o que a capital paraense tem a oferecer nesse período. Além das cores e sabores de frutos e comidas típicas, a historia e a riqueza do Ver-o-Peso, encontrará o aconchegante Ver-o-Rio, o Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves, o Parque Ambiental de Belém, a Estação das Docas, Mangal das Garças, Complexo Feliz Lusitânia, Hangar- Centro de Convenções da Amazônia, Pólo Joalheiro e tantos outros espaços que abrigam a nossa cultura, artesanato, gastronomia, entre os diversos produtos.
A pesquisa da Revista Caras e do HSBC iniciou logo depois da escolha das Sete Maravilhas do Mundo, que incluiu o Cristo Redentor entre elas. A escolha das Sete Maravilhas Brasileiras chegou aos 30 concorrentes a partir de uma pesquisa que elencou alguns lugares do Brasil e submeteu a uma votação interna. Levou em conta a beleza arquitetônica de cada espaço, a importância histórica, entre outros fatores relevantes para os brasileiros e para os visitantes.

Conheça o Ver o Peso:
uma das Sete Maravilhas Brasileiras

Guardião de um rico patrimônio histórico e arquitetônico, o Ver-o-Peso completa 391 anos de fundação no dia 27 de março. Sua arquitetura, característica da segunda metade do século XVII, é herança da belle époque, quando a influência européia, em especial da França e Portugal, se acentuou graças aos lucros obtidos com o Ciclo da Borracha. Com o látex que jorrava das seringueiras também jorrava a fortuna que permitia importar do outro lado do mundo o ferro, as pedras, as lajotas e o estilo que mudou a imagem e a história de Belém. Os traços dessa herança podem ser vistos em todo o centro histórico. Já o mercado, até hoje a céu aberto, foi construído para fortalecer o controle alfandegário na Amazônia, com o nome de "A Casa do Haver-o-Peso", além de posto de fiscalização e tributos. Com o passar do tempo foi agregando outras funcionalidades, passando por um processo de hibridez cultural e arquitetônica.
O Ver-o-Peso também se reflete na economia da região e no movimento de pessoas no local. Cerca de R$ 1,3 milhão são injetados diariamente na economia paraense na comercialização de diversos tipos de produtos. Em volume de pessoas, em torno de um milhão e meio, entre consumidores e trabalhadores circulam no local por mês, 50 mil/dia. Os dados são da Secretaria Municipal de Economia (Secon), responsável pelo gerenciamento do espaço. O Complexo é formado pelas feiras livres do Açaí e do Ver-o-Peso, Pedra do Peixe, os mercados de Peixe e de Carne, além do estacionamento.

A Feira do Açaí,
no Complexo Ver-o-Peso
Para o secretário municipal de Economia, João Amaral, o Ver-o-Peso representa a própria alma do paraense. "Um povo muito simples, hospitaleiro, mas muito trabalhador. O Ver-o-Peso não dorme nunca, o trabalho é ininterrupto. É de madrugada, quando chega o grande volume de pescado e de outras mercadorias como frutos regionais, que o fluxo de trabalhadores do setor atacadista e varejista é maior. Mas em qualquer horário que passarmos por lá veremos movimento. Se formos de madrugada, o grande fluxo de pessoas é na Feira do Açaí e na Pedra do Peixe; se for pela manhã é na Feira do Ver-o-Peso; no final da tarde o movimento é na orla, nas barracas de artesanato. Mas sempre há alguém trabalhando no local", explica.
O Complexo do Ver-O-Peso é considerado o maior entreposto de pescado e de açaí do Pará. A Feira do Açaí recebe o maior volume do fruto na região, algo em torno de 5 milhões de toneladas/mês, grande parte vindos da região ribeirinha e Arquipélago do Marajó. Em 2007 foram comercializados na feira mais de 51 milhões de toneladas do fruto.
Mercado de Peixe, com o pescado que
chega,todo dia, na Pedra do Peixe

Cerca de 80 toneladas/dia de diversos tipos de pescado desembarcam na Pedra do Peixe. O local é o maior entreposto de pescado fluvial e marítimo da região Norte e está entre os mais movimentados do país. O peixe vendido na Pedra é oriundo principalmente da região do Baixo-Amazonas, área costeira paraense e Marajó. Somente na Feira do Ver-o-Peso trabalham mais de cinco mil pessoas, em 1.250 barracas, distribuídas em 19 setores, que vão desde hortifrutigranjeiros, importados, mercearia, refeição, a peixe seco, artesanato e ervas medicinais. A capital paraense possui, ao todo, 42 feiras livres, 18 mercados e quatro portos.
Gastronomia - O chef de cozinha Paulo Martins foi um dos primeiros paraenses a exportar a imagem do Ver-o-Peso associando à riqueza gastronômica. O criador do Projeto Ver-o-Peso da Cozinha Paraense, maior evento de gastronomia da Amazônia, comemora a escolha pela Revista Caras. "Acho mais do que justo. O Ver-o-Peso desperta hoje a atenção do meio gastronômico internacional por uma curiosidade: é um espaço aberto, com uma das maiores variedades de peixes e frutos e temperos. Em tempos de badalação da Amazônia, ele ocupa uma posição de destaque e desperta a atenção do mundo já que a Amazônia é a bola da vez", comemora Paulo Martins, que já confirmou a próxima edição do Ver-o-Peso da Cozinha Paraense para 22 a 29 de abril, quando a cidade receberá os melhores chefs do Brasil e do mundo.

______________
Benigna Soares /
Ieda Ferreira

5 comentários:

Anônimo disse...

Vero Peso maravilha? Essa é a piada do ano. Só se for de urubu, sujeira, prostituição e banditismo.
Me engana que eu gosto.

Anônimo disse...

Se você é paraense, fico com pena da visão que tens da nossa terra...
O Ver-o-Peso é muito mais que isso meu amigo de "mal com a vida"...

Anônimo disse...

Veja o ver-o-peso como um ambiente socio-cultural do povo paraense, e não como solitário transeunte da vida.
maio 18,2008.

Anônimo disse...

Amigos, sem preconceitos, mas sabemos que há pessoas que gostam de frequëntar "somente", pois muitos outros também vão, ambientes culturalmente diferentes como shopping's centers e restaurantes da moda... fazer o quê não é, vivemos em uma democracia... alguns não aproveitam!!!

Mas meus sinceros parabéns ao nosso Veropa, como muitos o conhecem!!!

Sinto-me orgulhoso de ser paraense, apesar de concordar em parte com nosso amigo lá em cima, que nossa feira livre necessite de cuidados governamentais.

Abraços

Anônimo disse...

quais aspectos da regiao norte estao sendo representadas na regiao norte?
responde ai e pro meu trabalho de geografia