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11/09/2007

ALTAR EM CHAMAS
Brasília Cidade Amiga da Amazônia

Brasília – A ONG brasiliense Preserve Amazônia articulou com o Greenpeace a inclusão de Brasília na campanha Cidade Amiga da Amazônia, para o que coletou, de 21 de março a 4 de junho de 2006, mais de 3 mil assinaturas, entregues em audiência pública, no dia 5 de junho, no plenário da Câmara Legislativa, que aprovou o Projeto de Lei 3.967, de 27 de fevereiro de 2007, o qual alicerçará as ações do governo do Distrito Federal na coibição da compra de madeira ilegal da Amazônia.
O governador José Roberto Arruda (DEM) deverá implementar essa orientação ambiental em todas as instância do GDF, em campanha a ser lançada na visita do secretário geral das Nações Unidas, o sul coreano Ban K-Moon, a Brasília e à Amazônia. K-Moon visitará a América Latina para tratar de mudanças climáticas.
A Amazônia é a maior floresta tropical do planeta. Sua destruição põe o Brasil como quarto emissor de carbono do planeta, contribuindo para o aquecimento global. Pelo menos 10 mil quilômetros quadrados por ano são destruídos. Em 2002, foram arrasados mais de 25 mil quilômetros quadrados.
Desde 1970, 30% da floresta já foram torados ou incendiados para plantação de soja, criação de gado e produção de carvão. Florestas em reservas indígenas, em áreas de preservação permanente e até em assentamentos do Incra (Instituto nacional de Colonização e Reforma Agrária) desaparecem do dia para a noite, numa rede criminosa profundamente infiltrada no poder público.
O poder público é dono de 78% da Amazônia. O governo federal estima que 80% da madeira da região são torados ilegalmente. O Brasil consome 85% da madeira da Amazônia. Um dos grandes compradores são prefeituras municipais, que se tornam, assim, cúmplices da corrupção do santuário amazônico, altar em chamas.

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