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9/22/2007

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As veias abertas do Pará

Brasília – A governadora Ana Júlia Carepa (PT), do Pará, abrigou no seu
gabinete mais de 700 assessores especiais, incluindo sua cabeleireira e sua esteticista(?), com salários generosos, em apenas seis meses de governo. Como o PT ainda não conseguiu calar a imprensa, como fez o companheiro Hugo Cháves, ditador da Venezuela, Ana Júlia foi pressionada a demitir a cabeleireira e a esteticista, com a desculpa esfarrapada de que não sabia... Da mesma forma, a Assembléia Legislativa do Pará foi flagrada, quarta-feira 19, partilhando o erário com os chegados.
A Assembléia Legislativa aumentou de 30 para 45 o número de assessores para cada um dos 41 deputados, superando os 20 assessores, no máximo, por gabinete na Câmara Federal. Nem há espaço físico para isso.
O Decreto Legislativo 20/2007, aprovado, quarta-feira 19, pelo plenário, após aprovação pró-forma nas comissões de Justiça e de Finanças, não aumenta a verba de gabinete, de R$ 37 mil, mas é o primeiro passo para novo aumento. Em março, essa verba cresceu em 50%, subindo para R$ 30 mil. Em maio, recebeu reforço de R$ 7 mil.
Na mesma quarta-feira 19, o site da Transparência Brasil publicou matéria dando conta de que a Assembléia Legislativa do Pará não divulga na internet informações sobre a atividade parlamentar dos deputados, “desconhecendo-se se comparecem às sessões do plenário e das comissões, como gastam suas verbas de gabinete etc.”.Segundo o site, o Orçamento para 2007 da Assembléia Legislativa do Pará é de R$ 125.809.846. Dividindo-se essa grana pela quantidade de deputados estaduais (41), resultam R$ 3.068.532,83. É quanto custa cada deputado ao cofre do estado, por ano – mais do que custa um parlamentar britânico ou francês, por exemplo -, R$ 17,69 por paraense.
Cada vez mais, em todo o país, a aristocracia toma conta da burra, por meio de aumento salarial e favorecendo os chegados. Ou, pura e simplesmente, por fraude, desvio de verba pública, superfaturamento, favorecimento etc. Ladrões de colarinho branco não devolvem o que roubam; pelo contrário, elegem-se deputado, senador, prefeito, governador, viram ministro, ou são aposentados com salários estupendos. Versão moderna da Ibero-América colonial.

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