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3/31/2007




FICÇÃO OU REALIDADE?
Jogo virtual revela desleixo dos presidentes brasileiros para com a Amazônia


Brasília
– O caso da peça pregada por meio de um vídeo falso pregando a privatização da Amazônia tem várias leituras. Uma, é que a ficção abeberou-se na fonte da realidade; outra, que não é verdade que o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) tenha pagado mico – o senador amazonense foi apenas ágil ao perceber um gancho para a defesa regular que faz da soberania da Amazônia. O vídeo, lançado no ciberespaço, não deixa de ser uma advertência ao desprezo que os brasileiros, inclusive amazônidas, sentem pela região mais cobiçada do planeta, a qual, se os governos brasileiros não prestarem atenção, será mesmo ocupada, de modo sofisticado, pelas potências mundiais, que têm como testa-de-ferro a Organização das Nações Unidas (ONU).
A editora assistente do jornal Folha de S.Paulo, Malu Delgado, investigou e descobriu que o referido vídeo é uma brincadeira na internet. Mas, como desconfia o jornalista Chico Bruno, do site Folha do Amapá, não haverá reais intenções por trás de brincadeira tão séria? “A notícia divulgada, pela Agência Amazônia, é extremamente grave, exista ou não a empresa, pelo simples fato de estar disponível na internet um vídeo propondo a internacionalização da Amazônia, com ofensas ao país e aos sul-americanos em geral” - adverte Chico Bruno.
A jornalista da Folha, Malu Delgado, descobriu que a Arkhos é uma empresa fictícia criada em jogo virtual - Alternate Reality Games -, no site www.zonaincerta.com, sob patrocínio do guaraná Antarctica, em parceria com a Editora Abril. A sinopse do jogo virtual é uma misteriosa história envolvendo um biólogo que teria descoberto segredos de fabricação do guaraná. A Arkhos é a vilã e quer a Amazônia sob controle privado.
O jogo trata a Amazônia com desprezo real. Mas tem um lado positivo: alerta para o desleixo dos governos brasileiros para com a região mais rica do planeta, em bioversidade, água e minerais estratégicos e preciosos.

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Cortesia do site ABC Político

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