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2/26/2007





EFEITO SUCURI
José Sarney não quer João Capiberibe comandando a Sudam



Brasília – Quando o senador maranhense José Sarney, eleito pelo PMDB do Amapá, foi presidente da República, biônico, o povo brasileiro foi apenado com devastadora hiperinflação. Também, durante quatro décadas, o coronel travou o crescimento do Maranhão até torná-lo o estado mais pobre do país – uma espécie de Haiti. Eleito pelo Amapá, Sarney criou, em Macapá, uma zona franca de quinquilharias da China, atraindo levas de maranhenses atrás de emprego. Macapá inchou, sem condições de abrigar decentemente nossos irmãos do belo estado nordestino. As favelas proliferaram e a violência, devido ao desemprego e ao pirão pouco, explodiu.
Agora, o imortal da Academia Brasileira de Letras vem trabalhando para prejudicar não só seu torrão natal, o Maranhão, mas também o Amapá - sobre quem pulou (sic) de pára-quedas - e o Pará.
Segundo um dos mais bem-informados jornalistas amapaenses, Corrêa Neto (www.correaneto.com.br), o Maranhão e o Pará sofrem do “efeito sucuri”, cobra que atinge dez metros e que esmaga suas vítimas, até boi, entes de engoli-las inteiras. “Os paraenses acreditam em prejuízos para os dois estados (Pará e Maranhão) com a derrota da senadora Roseana Sarney, PFL-MA, no Maranhão, e o lançamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Em Brasília, uma sucuri gigante prepara o laço para sufocar a economia maranhense, por vingança, empurrando milhares de desempregados na direção sul-sudeste do Pará, passageiros da esperança da ferrovia de Carajás” – escreveu Corrêa Neto.
Walter Jr., outro jornalista amapaense sem rabo preso, comenta no seu blog (canetasemfronteira.blogspot.com): “Está explicada a ausência do senador Sarney na homenagem que a escola de samba amapaense Emissários da Cegonha fez pra ele. Sarney, que não faz parte de nenhuma comissão permanente no Senado, estaria dedicando-se em tempo integral para evitar que João Capiberibe assuma a superintendência da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) e comandaria um torniquete financeiro ao Maranhão para impedir que o novo governo maranhense desenvolva o estado”.
Ainda Walter Jr.: “O trem da Vale do Rio Doce (Companhia Vale do Rio Doce, CVRD) ficará lotado de maranhenses desempregados que virão abarrotar as periferias das cidades do sul e sudeste do Pará. Tudo por conta dos restos a cobrar da derrota da filha Roseana”.
João Capiberibe (PSB) teve de deixar o Senado no tapetão. Governou o Amapá, de 1996 a 2002. Capi, como é conhecido, pôs a economia do estado caribenho nos trilhos, de acordo com a teoria do desenvolvimento sustentado, sem colonialismo, com a participação de índios, negros, quilombolas e caboclos. Eleito para o Senado, Sarney - segundo a deputada Janete Capiberibe (PSB) – teria comandado um processo jurídico ridículo contra Capi. Se assim é, Sarney sabia o que estava fazendo. Capi foi apeado do Senado da República.
A quilombola Cristina Almeida, do mesmo PSB de Capi, quase manda Sarney de volta para o Maranhão, nas eleições de outubro passado para o Senado. Agora, Capi é cotado para dirigir a Sudam, mas Sarney não quer. A Amazônia precisa de Capi na Sudam; o problema é que Sarney tem grande ascendência sobre Lula.

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Cortesia do site ABC Político

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