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8/17/2006

Duciomar sempre foi amigo de Cotijuba


Duas pessoas – cujos nomes por questão de coerência e discreção prefiro não divulgar – enviaram-me e-mails perguntando se eu “que sabe tudo sobre Icoaraci, Outeiro e Cotijuba”, estava por dentro da Lei que trata da circulação de veículos em Cotijuba. Os dois amigos se basearam numa
nota que foi publicada no Diário do Pará, na semana passada, já que pintaram candidatos tentando confundi-los, assim como, os eleitores da ilha.
Estou por dentro, sim. Vamos aos fatos, por partes.
Em setembro de 1995, dentre os muitos trabalhos apresentados pelo então vereador Duciomar Costa destacou-se um projeto de lei que proibia a circulação de veículos em Cotijuba. Apenas veículos de tração animal eram permitidos.
O projeto foi aprovado à unanimidade e sancionado pelo prefeito Hélio Gueiros.
Eis o texto:
LEI N° 7.768, DE 02 DE OUTUBRO DE 1995
Estabelece normas quanto à circulação de veículos motorizados na Ilha de Cotijuba e dá outras providências.
A CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM estatui e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1°. É vedada a circulação de veículos motorizados na Ilha de Cotijuba sem autorização da Administração Pública Municipal.
Parágrafo único. Somente veículos motorizados que prestem serviços de saúde, proteção policial, produção e escoamento agrícola são autorizados a trafegarem pela ilha.
Art. 2°. Esta Lei entre em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE BELÉM, 02 de outubro de 1995.
Hélio Mota Gueiros
Prefeito Municipal de Belém

Dizem os remetentes que a nota do Diário afirma que essa lei (acima), recentemente, foi flexibilizada. Agora, motos também são permitidas, ali. A mudança ocorreu depois que a área de saúde da PMB constatou que 90% dos cavalos que puxam charretes na ilha estão anêmicos.
Não tomei conhecimento, portanto não posso comentar.
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Pois bem. Um ano antes - 1994 - buscando melhorar a qualidade de vida dos habitantes da ilha de Cotijuba, através de várias frentes de trabalho. A Secretaria Municipal de Economia (Secon) concluiu um estudo que diagnosticou as atividades econômicas da ilha.
Um deles era a o problema de transportes na ilha, já que havia uma grande preocupação quanto à preservação da fauna e da flora de Cotijuba. Com base nisso, o gestor implantou na ilha no dia 05 de novembro de 1994 um sistema de transporte de charretes semelhante ao adotado na ilha de Paquetá (Rio de Janeiro). Em Paquetá só existem os carros de coleta de lixo, bombeiro ou ambulância, o transporte é feito por bicicletas ou charretes com tração animal. Vieram - novinhas em folha e cheirando à tinta fresca - de Santa Catarina, quatro charretes em estilo colonial e seis cavalos – adquiridos em fazendas próximas de Belém – e foram levados para Cotijuba. O serviço de charrete funcionou normalmente em toda a gestão de Hélio Gueiros transportando moradores e turistas na ilha. Elas estavam sob os cuidados das associações de produtores e moradores de Cotijuba.
Naquela ocasião o prefeito afirmou que preferiu entregá-las às associações do que deslocar de Belém toda uma equipe da Prefeitura para realizar esse serviço de locomoção em Cotijuba. “As associações são as maiores interessadas na boa utilização destas carruagens. Acredito que na mão delas nós estaremos melhor servidos”, avaliou Hélio Gueiros.
Após a administração Hélio Gueiros, igual à Conceição de Cauby Peixoto, ninguém sabe ninguém viu mais as charretes. Até maio do passado, quando me transferi do Outeiro para o Gabinete do Prefeito, só existia uma charrete funcionando a tipo precário; e um cotijubense dizia ser de sua propriedade, assim como um dos cavalos.
Os outros cinco sumiram.
Só que as charretes pertencem ao povo de Cotijuba. Não consta que o ex-prefeito Hélio Gueiros tenha vendido ou dado de presente o equipamento para somente um morador.
Quando Duciomar Costa se elegeu e assumiu a Prefeitura de Belém, numa matéria publicada no Jornal das Ilhas de Outeiro, eu dizia que novo prefeito além dos muitos desafios, teria um outro de grande importância e responsabilidade: transformar Cotijuba, devolver-lhe o encanto de antanho e transformá-la definitivamente, em Ecotijuba.
Pelo que se vê ele não está decepcionando.
Quando a uns & outros que só aparecem em época de eleição – mesmo sendo da área – contando lorotas, o povo e vocês que gentilmente me acionaram, não devem tomar conhecimento, não acreditem em papo furado. Dê-lhes o troco no dia 1º de outubro.

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