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5/03/2006

Um adolescente cheio de amor pra dar

José Croelhas, fundador d´O Estado


Nesse meio século de vida, 41 anos foram dedicados ao jornalismo. Dizem que jornalismo é cachaça. É mesmo. Quando por algum motivo, por vocação, curiosidade ou diletantismo se penetra no mundo fantástico, misterioso, sedutor e, por vezes, enigmático do jornalismo alguma coisa acontece; e o resultado sempre acaba numa paixão avassaladora, um vício sem remissão. Foi o que aconteceu com um jovem economista, poeta – com livro publicado e tudo -, estudioso cheio de vontade e interessado nas coisas da terra, da minha (eu não gosto de usar o pronome na primeira pessoa; todavia dessa feita faço uma exceção) Vila Sorriso.
Esse jovem é José Santos Croelhas.
Este aparente culto à imagem eu uso para dizer que O ESTADO é fruto do ideal e da vontade desse moço.Isso nos evoca 20 anos atrás. O empresário Fernando José da Silva Negrão e o fotógrafo (atualmente jornalista por Roraima), Raimundo Herculano da Silva – Herculano Bispo, como todos o conheciam o conhecem, que trabalhou comigo por muitos anos na Folha do Norte e n´O Liberal – após editarem por três anos o jornal O Pinheiro, resolveram montar uma agência de propaganda. Eu fui convidado para fazer parte da sociedade, assim como um jovem recém formado em economia pela Universidade Federal do Pará (UFPa.) – José Croelhas. Surgiu a Factum – Propaganda & Comunicação Ltda, microempresa – primeira agência de propaganda de Icoaraci - que editava O Pinheiro. Por algum motivo Herculano Bispo se afastou e ficaram somente os três tocando o barco. A Factum teve vida efêmera e O Pinheiro, também.Fernando Negrão foi cuidar dos seus negócios; eu fui para as Empresas Arajá – que infelizmente não mais existem – assumir o setor de Relações Públicas, e José Croelhas foi fazer pós-graduação no NAEA – Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da UFPa. Ou seja, cada um foi cuidar da sua vida. Mas Croelhas não ficou só estudando e preparando teses para posteriormente defendê-las. Foi em busca do seu sonho. Aguns meses após pinta um telefonema. Eu não estava em casa. Quando cheguei a minha mãe me disse que o Croelhas queria falar comigo. Pensei... não é urgente. Depois eu ligo para ele.
Qual a minha surpresa! Exatamente 45 dias após recebo em casa o primeiro exemplar do Jornal de Icoaraci impresso em preto-e-branco, numa apresentação gráfica primorosa, de primeira linha, editado pelo Memphis Propaganda. Croelhas dizia no editorial de apresentação que o JI era fruto de um ideal; era como se fora um filho – um irmão do Leandro – acalentado, alimentado e gerado quase nove meses... com muito amor. Ele encerrava o belo texto dizendo que a partir daquele momento a Vila Sorriso de Aldemyr Feio (se lembrou de mim!) terra de Antônio Tavernard ingressava numa nova era.
Quase dois meses após depois eu figurava no expediente como “Diretor de Relações Públicas”, ao lado do jornalista Carlos Alberto de Aragão Vinagre que acreditou no projeto e assumiu a responsabilidade da editoria.
O Jornal de Icoaraci, precocemente se expandiu além das fronteiras de Icoaraci e, sem nenhum exagero, até mesmo do Estado do Pará. Houve uma premente necessidade de mudança. José Croelhas e sua equipe, dois anos após, resolveram adotar um outro nome para o Jornal de Icoaraci. Surgiu O ESTADO que todos conhecem em todos os recantos do Pará; conhecido, também no Maranhão e no Ceará.
Fazer jornal não é fácil; mormente numa Vila-Cidade como a nossa onde existe discrepâncias de atitudes, de formação e de idéias. Nesses quase três lustros onde pontificaram acima de tudo a garra, a vontade e ideal de servir à sagrada terra do Coronel Sarmento – porquanto O ESTADO é do Pará, mas é produzido originariamente em Icoaraci e leva a mensagem desta terra abençoada – não foram poucas as dificuldades. De toda a ordem, por sinal. Todavia, prevaleceu algo maior chamado coração, sangue, vida. Todos em torno de um só anelo: manter viva a chama do jornal, belo – em apresentação e conteúdo, atraente, robusto.
As horas difíceis de angústia, apreensão – está fechando o jornal... falta o anúncio x... a matéria y já está pronta? O Repórter 2000? O Croelhas já leu? Está jóia? Pode diagramar? E a primeira página? Quais as chamadas que vão entrar? A gráfica já telefonou, só está esperando o cd...– e de expectativa, se transformavam em alegria e orgulho com o jornal impresso bonito – modéstia à parte... é mesmo. Croelhas & Cia nunca deixaram a peteca cair!!! - e cheio de qualidade. Isso aconteve até hoje.
Messias Lyra, cria d´O ESTADO como tantos que passaram pela redação, há dois dias me liga cobrando este trabalho usando mesmo chavão: o jornal está fechando...mande urgente pela internet...O ESTADO nesses 17 anos de vida não deixou de circular só mês. Às vezes atrasava... a edição saia dentro do mês ou início do outro, mas saia. Também fez história e deu frutos. A gigantesca promoção “Os Melhores do Ano” adotada desde o primeiro número do Jornal de Icoaraci que premia as entidades e pessoas que mais se destacaram no ano com um belo troféu – normalmente fabricado nas melhores empresas do Rio de Janeiro e São Paulo – é realizada até hoje, sempre no final do ano ou início de janeiro. O ESTADO também teve os seus destaques. Recebeu votos de aplausos do deputado José Carlos Araújo (PSDB); ganhou citações em outros congêneres de Belém, São Luiz e Fortaleza. Foi um dos primeiros a figurar com página própria no site www.icoaraci.com.br – da mesma forma, o pioneiro da Vila Sorriso; e, finalmente, os seus editoriais fizeram sucesso. Em agosto de 2001 o texto da Opinião d´O Estado que falava no Cabeludo – o artesão-pioneiro de Icoaraci – “Relembrando Cabeludo” foi para os anais da Câmara Municipal de Belém por proposta do vereador Mário Corrêa (PSDB). No ano seguinte 2002, em setembro. um outro editorial (“Ainda a Emancipação”) tomou o mesmo rumo por requerimento do vereador Orlando Reis (PV) à época, presidente daquele Poder que, também, inseriu um outro editorial (Justiça para CabeludoI) nos anais da Casa. Trocando em miúdos, O ESTADO sonho do jornalista, publicitário e microempresário Jose Croelhas, há 17 anos faz parte da vida de Icoaraci. Integrou-se definitivamente aos seus costumes e à sua gente. É pé redondo como eu, como todos nós. Como disse linhas acima O ESTADO a par dos cuidados, da atenção e do carinho do Croelhas e seu pessoal, atravessou a primeira infância, a segunda infância, a puberdade e agora se encontra quase no final da adolescência, prestes a atingir a maturidade cheio de vida, energia e muito amor para dar.
Parabéns O ESTADO.
Parabéns Icoaraci.
PS – Com este trabalho retorno, prazerosamente, à redação d´O ESTADO. “Retorno ao ninho antigo, após um longo e tenebroso inverno”, parodiando Luís Guimarães Jr. Como disse ao Croelhas, espero que dessa vez seja para sempre. AF.

6 comentários:

Anônimo disse...

Quero cumprimentar o Croelhas.
Ele tem sido um batalhador pelos interesses de Icoaraci.
Um cara formado com tanta coisa pra fazer, deixa tudo
Cuida da sua terra.
O jornal “O Estado” é um verdadeiro exemplo da tenacidade deste homem.
E o Feio, bom, o Feio é o jornalista da Vila.
Fez muito bem em divulgar e promover o Croelhas.
Com justiça por sinal.

José de Souza Esteves - Agulha

Anônimo disse...

Quero cumprimentar o Croelhas.
Ele tem sido um batalhador pelos interesses de Icoaraci.
Um cara formado com tanta coisa pra fazer, deixa tudo
Cuida da sua terra.
O jornal “O Estado” é um verdadeiro exemplo da tenacidade deste homem.
E o Feio, bom, o Feio é o jornalista da Vila.
Fez muito bem em divulgar e promover o Croelhas.
Com justiça por sinal.

José de Souza Esteves - Agulha

Anônimo disse...

Gostei do material.

Benhamim da Cruz

Anônimo disse...

Hei, Feio, faltou dizer que o Croelhas foi professor do Lurdes.
Era bom, o cara.

José Maria Von Grapp

Anônimo disse...

Sou jornalista..e o comentário foi muito prazeiroso..parabens ao Feio.

Anônimo disse...

foi muito bom lembrar o nome do jornalista sr. herculano bispo, muito conhecido e querido aqui no estado de roraima onde atua na ouvidoria do estado desnpenhando otimo trabalho. na verdade seu nome é raimundo herculano de souza (e não silva).